A religião é própria dos seres humanos. Não existiu uma sociedade primitiva ou mesmo moderna que não tivessem uma relação com o transcendental. Os desenhos, filmes e teatros vêem os rituais religiosos primitivos muito ingenuamente. Geralmente são índios que dançam para “chamar a chuva”. Na verdade essa forma de representar a cultura primitiva é errada.
O mundo ocidental já fez sua opção por uma sociedade sem Deus. Quase todos os países do Ocidente são Laicos. Ultimamente estão virando laicistas, ou seja, perseguem as pessoas que professam alguma fé solidamente. Os Cristãos, sem dúvidas são os mais perseguidos. Milhões de cristãos foram mortos por ditaduras como o Comunismo, e também são mortos nos países Muçulmanos. E nem sequer ouvimos falar desses crimes. A Europa está cada vez mais secular basta ver o abandono do número de fiéis tanto em Igrejas Católicas como Protestantes. Na França, segundo o jornal Osservatore Romano, existem mais Mulçumanos praticantes do que Católicos Praticantes. Enquanto que uma família Européia tem em média 1,5 de filhos por casais, os Muçulmanos têm 8,1. Isso me faz lembrar a Encíclica de Paulo VI Humanae Vitae , sobre controle da Natalidade, hoje vemos que o Papa estava certo. A Europa está cada vez mais Mulçumana e o número de jovens Europeus é muito pequeno. Enquanto isso a esquerda mundial luta a favor da eutanásia, aborto, sexo livre, casamento de pessoas do mesmo sexo. Ou seja, a esquerda está destruindo a cultura Ocidental judaico-cristã. Suas ideias utópicas estão atraindo muitos jovens. Eu concordo com a frase de Bento XVI, em que ele afirma não acreditar em Utopias. Na verdade estamos caminhando para uma sociedade cada vez mais pagã, que exalta o egocentrismo e despreza o sagrado.
Os antropólogos aprenderam muito com as religiões Africanas. A crença é importante para toda cultura. Não uma crença de “dançar e esperar a chuva” o ritual primitivo não tem como prioridade seus efeitos mágicos. Até nos seus rituais de cura pedem que seus fiéis procurem um médico. Para nós Cristãos , que se diga de passagem é uma religião de amor, caridade e paz. Por mais que na história tenham acontecido algumas injustiças. Cristo muda a sociedade de sua época, crítica os escribas e fariseus “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperanças” (Mt 23,25). Ele desejava que a conversão deveria vim de dentro do coração, não simplesmente está restrito a lei e rituais. É interessante que a autora crítica o protestantismo que é contrário a todo tipo de ritual. Ela faz sua crítica porque todos nós temos nossos ritos. Por exemplo “como um animal social, o homem é um animal ritual” p (80). Até mesmo as relações sociais estão cheias de ritos, como por exemplo em uma amizade, no aperto de mão e em um abraço. O rito ajuda na coordenação do cérebro e do corpo. Durkheim afirmou que os ritos religiosos servem para criar e controlar a experiência.
Analisando a cultura dos Dinkas eu não posso deixar de frisar uma parte em que a autora fala sobre o enterro dos Mestres de lança ainda vivos. “Sua morte, contraída ritualmente, separa sua vida pessoal de sua vida pública. Todos deveriam se rejubilar, porque nessa ocasião há um triunfo social sobre a morte” (p.86). Não posso concordar e dizer que todas as religiões são boas, por mais que eu esteja saindo do politicamente correto. A mídia, os intelectuais, a esquerda critica o Catolicismo Romano por proibir seus fiéis de usarem o preservativo, pois a finalidade máxima de uma relação sexual para os Católicos é a procriação. Mais esses que criticam o Catolicismo nada falam dessas culturas que ainda tem a morte pública. Em países da África como Burundi e Tazânia albinos estão sendo sacrificados:
“Em Burundi, um albino de cinco anos teve seus membros arrancados, e os olhos da mãe que sofre da mesma condição foram utilizados em uma oferenda. Acredita-se que pelo menos 10 mil albinos tenham se refugiado e se escondido por causa da prática. Segundo Vicky Ntetema, do grupo Under The Same Sol (Sob o Mesmo Sol), 57 foram mortos na Tanzânia, e 14 no Burundi, nos últimos anos.
A crença é que as partes dos albinos têm poderes miraculosos. Eles também são sacrificados em rituais animistas de magia, e são sempre procurados por feiticeiros. O albinismo é uma condição genética que causa uma ausência parcial ou total de pigmento da pele, dos pelos e dos olhos. No Zimbábue, acredita-se que sexo com uma mulher albina cura o homem com HIV. Isso causou muitos estupros no país”. http://www.pop.com.br
A crença é que as partes dos albinos têm poderes miraculosos. Eles também são sacrificados em rituais animistas de magia, e são sempre procurados por feiticeiros. O albinismo é uma condição genética que causa uma ausência parcial ou total de pigmento da pele, dos pelos e dos olhos. No Zimbábue, acredita-se que sexo com uma mulher albina cura o homem com HIV. Isso causou muitos estupros no país”. http://www.pop.com.br
Turner afirma que a cultura Ndembu pode solucionar problemas neuróticos no Ocidente, eu discordo dele e cito o livro Confissões de Santo Agostinho. Nesse livro Agostinho ensina a pessoa a não fugir mais de si mesma, ficar imune a chantagem psicológica, a ter conhecimento de si mesmo, vê que nem tudo é ruim em sua vida, pois quando confessamos os nossos pecados vemos que nem tudo é ruim em nós. O próprio Papa João Paulo II afirmou que os consultórios de psiquiatria estão cheios por conta do abandono da fé. Eu sou a favor da paz entre as religiões e amor entre todos, mais não posso concordar com sacrifícios humanos.
DOUGLAS, MARY. Pureza e perigo: cap.4 magia e milagre. São Paulo: Ed. Perspectiva S.a, 1976